A República de Angola e a República Socialista do Vietname assinam dois instrumentos jurídicos na VII Sessão da Comissão Bilateral
A República de Angola e a República Socialista do Vietname assinaram no 28 de Março de 2024, em Luanda, no "Palácio do Comércio” do Ministério das Relações Exteriores, dois instrumentos jurídicos durante a VII Sessão da Comissão Bilateral Angola – Vietname, organizada no âmbito da promoção das relações de amizade e fortalecimento da cooperação entre os dois países, com base nos princípios de respeito, igualdade e benefícios mútuos.
Ambas as partes consideraram com satisfação a importância da regularização das sessões da Comissão Bilateral, pois são específicas um mecanismo adequado para o incremento das relações diplomáticas e de cooperação em diversos domínios.
Durante a reunião, foram discutidas questões de interesse bilateral, como a situação interna nos países estrangeiros e as reformas em curso em Angola, que visam, entre outros objectivos, a diversificação da economia e a melhoria do ambiente de negócios.
As partes decidiram realizar a VIII Sessão da Comissão Bilateral em 2026, em Hanói, República Socialista do Vietnã, devendo os dados serem acordados através dos canais diplomáticos. Participaram nesta VII Sessão da Comissão Bilateral Angola-Vietnã a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, o Ministro da Educação e Formação da República Socialista do Vietname, Embaixador Domingos Custódio Viera Lopes, Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades, representantes dos vários Departamentos Ministeriais da República de Angola e do Vietname, e representantes dos Governos de Angola e Vietname.
Luanda, 1 de Abril de 2024.
MPLA e Partido Comunista do Vietname reforçam cooperação
O documento prevê a formação de quadros, a troca de delegações, bem como o aconselhamento económico dos respectivos governos, com o fim de se encontrarem as melhores formas de investimento com base na economia de mercado
Pelo MPLA, assinou o acordo quadrienal o secretário do Bureau Político para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, e pelo PCV, o secretário do Comité Central e chefe da Comissão de Relações Exteriores do partido, Le Hoai Trung.
Os políticos passaram em revista a situação política global, com destaque para as respectivas regiões, os últimos acontecimentos na República Democrática do Congo, nomeadamente o cessar-fogo, que mereceu, da parte vietnamita, o reconhecimento dos esforços do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, que na qualidade de Campeão da Paz e Reconciliação em África, desempenhou um papel fundamental na facilitação do diálogo político-diplomático entre o Ruanda e a RDC, promovendo a estabilização daquela Região dos Grandes Lagos.
Angola e Vietname dão impulso a novas áreas de cooperação
Angola e o Vietname manifestaram o interesse em reforçar as relações bilaterais, nos sectores da Agricultura, Comércio e Economia, afirmou, quarta-feira, em Luanda, o ministro da Educação e Formação do Vietname, Nguyen Kim Son, no final de um encontro com o primeiro-vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca.
Segundo o governante vietnamita, além das áreas de cooperação tradicionais, os dois Estados pretendem dar um novo impulso nos domínios da Agricultura, Comércio e Economia, fundamentalmente.
Nguyen Kim Son disse que os dois Estados trabalham na implementação dos acordos celebrados durante a VII Reunião da Comissão Mista Bilateral. O ministro enfatizou que as partes desejam, também, promover e fortalecer as relações de cooperação no domínio parlamentar.
Angola e o Vietname estabeleceram relações diplomáticas em Novembro de 1975 e, três meses depois, assinaram o Acordo Geral de Cooperação, instrumento que serviu de base para a abertura de vários protocolos inseridos nas áreas Social, Económica e Técnico-Científica.
Ainda ontem, Américo Cuononoca recebeu cumprimentos de despedida do núncio apostólico, Dom Giovanni Gaspari, que foi nomeado recentemente para ocupar a mesma função na Coreia e Mongólia. Dom Gaspari deixa assim a Nunciatura de Angola e São Tomé, quatro anos depois, "com o sentimento de missão cumprida”, agradecendo o testemunho de fé do povo angolano.
Fonte: Jornal de Angola.